Tem Pedalina na Rua: Gislayne Potiguar

11:37


  " Vou pedir licença pra contar minha trajetória na cidade do sol.

  Eu era apenas uma menina que adorava pedalar no bairro com os amigos e até mesmo ir à escola, com o passar do tempo eu queria ir além, comecei a andar de bike nos outros bairros de natal, como bom pastor, cidade da esperança, etc. Meus familiares falavam que era perigoso por causa do trânsito e a maioria dos motorista não respeitam, e se aqui é perigoso imagina nos outros bairros. Mesmo assim não queria saber se aquilo era perigoso para mim, o meu amor por pedalar falava mas alto. 

  Foi numa bela tarde de sol, estava indo para o curso na minha segunda bicicleta, e sempre gostei de pedalar, pra mim era normal andar de carreira, foi em uma dessas carreiras que aconteceu meu primeiro acidente. Um indivíduo estava manobrando o seu carro, ele nem se quer olhou pelo retrovisor, de repente ele me deu uma trancada e não tive nem como frear, na hora fiquei em estado de choque pois aquilo nunca tinha acontecido comigo antes, sofri varias escoriações, mas aquilo não me desmotivou, até eu me apaixonar novamente, ela era tão linda toda preta e branca, foi amor a primeira vista.

  Na primeira vez que andei nela era uma tarde linda de sol, eu estava muito feliz por ter comprado minha terceira bike, a emoção era tão grande que saí dá escola e fui andar com ela pelos bairros vizinhos, sai em direção a rodoviária de natal, foi quando um senhor que iá para a igreja me atropelou. Nesta noite não sofri nenhum arranhão, só ela que se machucou, ficou com o aro traseiro empenado, dessa vez não me afetou muito, pois estava bem. Fui caminhando ao lado dela para casa de dez hora da noite, uma mulher andando sozinha no meio da rua para muitos era perigoso por causa dos assaltos, mas pra mim eu não me importava com aquilo.

  Mais tarde cheguei a conclusão que eu poderia ir mas além, comecei a ir para os shoppings da Capital e até hoje não encontrei coisa melhor que pedalar, é algo que nos proporciona saúde e bem estar, te dá liberdade e além disso, tem aquela sensação boa do vento frio batendo no rosto.

Hoje em dia posso dizer que sou mais feliz pois tenho ela do meu lado em todos os momentos, minha eterna SAUDADE companheira de todas as horas. "

Gislayne Potiguar

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